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Iniciadas as obras de urbanização que liga a Rua 2 de Julho à BA-052

  • conexaomorrense
  • 17 de jul. de 2023
  • 4 min de leitura

Após décadas de reclamações e transtornos, o fim da “cratera de estimação” está próximo

Foto: Erick Vizoki/Conexão Morrense
As obras foram iniciadas há cerca de uma semana na primeira das duas crateras. Informações extraoficiais dão conta de que devem ficar prontas a tempo para o Festival de Inverno 2023. (Foto: Erick Vizoki/Conexão Morrense)

Erick Vizoki

Um ícone do desleixo das administrações públicas de Morro do Chapéu, a chamada “cratera de estimação” localizada na Rua 2 de Julho (também conhecida como Rua das Traíras), finalmente será, em breve, apenas uma lembrança da cidade.
Duas poças d’água formadas pelo rio Jacuípe (Rio das Traíras), que corta o município e passa pelo bairro São Vicente, que são um pesadelo há décadas para moradores, transeuntes e turistas estão sendo extintas pela atual administração. A obra de urbanização, iniciada no dia 11/06 (terça-feira), é uma reivindicação antiga da Associação de Moradores do Vale Ouro e o problema é denunciado desde abril deste ano pelo Conexão Morrense em pelo menos três matérias. Os problemas vão desde veículos que ficam atolados no local e sofrem diversos prejuízos mecânicos e a perda das placas dos automóveis, até pedestres que sofrem para passar no local, muitas vezes tendo que retornar e fazer outro trajeto, o que aumenta em cerca de um quilômetro a distância voltando pela rodovia BA-052.
Além dos moradores que saem do bairro Vale Ouro para o centro da cidade e vice-versa, para cortar caminho, há crianças e estudantes que passam pela rua. Do bairro para o Hospital São Vicente de Paulo, o estádio Arena Chapada e as escolas, que ficam todos na Rua de 2 Julho, são cerca de 500 metros de percurso pela 2 de Julho. Se vierem pela pista, o trajeto é de pelo menos 1,5Km.
Recentemente, um incidente trágico pode ter sido potencializado pela tal cratera. No dia 10 de junho deste ano, os atletas Jefinho, de Morro do Chapéu, e Nilsinho, de Irecê, que disputavam uma partida de futebol na modalidade X1 na Arena Chapada, foram baleados no momento em que se preparavam para entrar no ônibus que os levaria de volta para casa.
As más condições de tráfego da Rua 2 de Julho, em virtude das poças d'água, pode ter dificultado o socorro de Nilsinho, uma vez que se encontra no caminho entre o estádio Arena Chapada e o Hospital São Vicente de Paulo. Nilsinho faleceu a caminho de Irecê após receber os primeiros socorros no hospital de Morro do Chapéu.

Ritmo de festa

A obra, mesmo esperada e festejada, agora divide opiniões. Informações que correm pela cidade, e mesmo entre os operários que atuam no local, é que a prefeitura tem pressa em terminar o serviço a tempo de facilitar o acesso de carretas para a organização do Festival de Inverno 2023 em Morro do Chapéu. A grande festa está prevista para os próximos dias 4, 5 e 6 de agosto.
Muitos moradores dos arredores da nova obra já estão apreensivos e preocupados em relação ao novo transtorno que pode ocorrer com o contínuo tráfego de caminhões pesados na rua. Alguns acham que essa movimentação de veículos pesados pode abalar as estruturas de suas casas, outros estão preocupados com o impacto no sossego de idosos, crianças e pacientes do Hospital São Vicente de Paulo. E muitos acreditam que essa movimentação de carretas continuará a acontecer mesmo depois da festa, uma vez que a rua facilitará o acesso da rodovia ao centro da cidade.
O Conexão Morrense tentou colher informações com a Secretaria Municipal de Obras, Transporte e Serviços Públicos (Seinfra) e com a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). Como sempre, os dois órgãos não passam nenhuma informação para a imprensa. O órgão responsável para isso, a Secom, sequer retorna ligações, mensagens ou atende qualquer veículo de comunicação para esclarecer essas dúvidas para a população.
A Secom não disponibiliza, em seus canais oficiais da prefeitura, nenhuma informação relevante sobre a obra de reurbanização da 2 de Julho ou de qualquer outro serviço prestado pela prefeitura e suas secretarias. Apenas faz os costumeiros “cards” para divulgar a nova benfeitoria da gestão “O Amanhã é Agora”. Limita-se a algumas fotos que mostram máquinas trabalhando e uma legenda superficial. Não há informações sobre início e término da obra, para que vai servir, quem vai beneficiar, qual o custo e outros dados fundamentais que os pagadores de impostos têm o direito de saber e a Secom teria obrigação de informar. Nem mesmo uma placa com essas informações no local das obras foi feita.
O Conexão Morrense decidiu procurar a administração do Hospital São Vicente de Paulo para saber se a instituição tem algo a dizer sobre se o possível tráfego constante de veículos pesados poderá incomodar os pacientes. Ali também a resposta foi vaga e a administradora da entidade informou não estar preocupada, pois "foi informada" que esse tráfego só ocorrerá nos três dias de festa e, mesmo assim, os caminhões devem mudar o trajeto para não passar em frente ao hospital.
Sem nenhuma informação dos canais municipais competentes, nenhuma placa, publicação ou mesmo um folheto, o jeito é esperar o resultado e o impacto dessa tão esperada e importante obra. Até que ponto ela poderá ser positiva e negativa.

Seu “Zu”, mestre de obras da Seinfra, explica como será resolvido o problema da “cratera de estimação” e quais serão os benefícios. (Filmagem e edição: Erick Vizoki/Conexão Morrense)

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O Conexão Morrense é um jornal online sediado e produzido no município de Morro do Chapéu-BA com notícias da cidade e da região, estado da Bahia e do Brasil.
Editor e jornalista responsável: Erick Vizoki (MTb nº 41.675-SP)

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