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Poça d’água no centro de Morro do Chapéu é transtorno há décadas
- conexaomorrense
- 5 de abr. de 2023
- 4 min de leitura
Formada pelo rio Jacuípe, motoristas e moradores cobram uma ponte no local da "cratera de estimação"

Erick Vizoki
Uma enorme poça d’água que existe há décadas na região central de Morro do Chapéu é um transtorno para a população que precisa passar pela rua 2 de Julho, que liga o centro da cidade ao bairro Vale Ouro. Por ali passam turistas, alunos da rede municipal, pessoas que saem de roças e povoados que preferem cortar caminho para chegar ao centro ou voltar para casa. Muitos usam esse trajeto para emergências, como se deslocar ao hospital municipal.
A poça é formada pelo rio Jacuípe, que atravessa Morro do Chapéu e passa pela rua 2 de Julho, no bairro São Vicente, onde fica o Hospital Municipal e Maternidade São Vicente de Paulo e o estádio Odilon Gomes Ferreira, conhecido também como Arena Chapada.
Muitos motoristas que não conhecem a região acabam atolando na poça e amargando grandes prejuízos. É muito comum encontrar veículos que ficam presos no local por seus condutores não saberem sobre a profundidade do buraco e tendo seus carros inundados e com distribuição e parte elétrica prejudicados.
Além dos moradores que saem do Vale Ouro para a cidade e vice-versa, para cortar caminho, há os alunos que passam pela rua. Do bairro para o hospital, o estádio e as escolas são cerca de 500 metros de percurso pela 2 de Julho. Se vierem pela pista, o trajeto é de pelo menos 1,5Km.
Os moradores reclamam que há vários anos esse problema persiste. “Entra prefeito, sai prefeito, fica essa água aí que uma ponte simples resolveria. Acho que o pessoal do Vale Ouro deveria se mobilizar e cobrar a prefeitura e eles nunca se mobilizaram. É um rio importante, tradicional, que não pode acabar. Então tem que fazer uma ponte, não tem jeito”, explicou um morador nascido em Morro do Chapéu que preferiu não se identificar.
Mário Júnior mora em Morro do Chapéu há cerca de 17 anos, atualmente na rua Padre Inácio Vasconcelos. “Evito passar por aqui, dou a volta lá pela pista, pelo contorno”. Ele tem uma moto, mas acha mais fácil fazer outro caminho do que passar pela poça. “Tem muitos que perdem até a placa do carro quando passam aí. O povo entra na água pra procurar a placa de novo”, declarou (áudio).
Um senhor flagrado pelo Conexão tentava passar pelo local, com sacolas, e estava visivelmente irritado com a situação. Criticou não só a prefeitura, como a imprensa de um modo geral (áudio): “As pessoas fazem entrevista só em cima da vítima, tem que fazer entrevista em cima dos acusados, na prefeitura, não em cima do povo. Não vou resolver nada. Quem resolve é a prefeitura, tem que fazer entrevista em cima da prefeitura, tem que cobrar porque que não faz isso! (...) Estou revoltado com repórter, com essa televisão nossa, uma televisão corrupta, canalha, safada, ordinária, bandida! Só sabem divulgar e não sabem cobrar nada!”, desabafou o senhor, que é de Fortaleza (CE).

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