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O mistério chamado povo
- conexaomorrense
- 17 de ago. de 2023
- 2 min de leitura

Marcilio Fellipe*
Não se pode negar, dizeis, do caráter de grave indisciplina jurídica, democrática e moral que apresentam estas demonstrações ditas “combate a fake news”. Mas a indisciplina, que se traduz hoje, não é aquela que brota no seio de uma sociedade e de um povo cansado de ser espoliado, que agora sente o que lhes aperta, mas são os nós da subordinação e da hierarquia de um poder, que está ameaçando a legalidade e a ordem civil. O que arrastou e varreu do cenário político velhas raposas e aprendizes de salafrário em 2014 foi o impulso indomável dos brios de uma nação, brutalmente vilipendiada por seus mais altos representantes, que ao longo dos anos e de poder, apenas se preocuparam em desviar recursos e se perpetuar nesse poder. O que assistimos agora são formas patéticas e indignas, na tentativa de deslegitimar a soberana vontade do povo brasileiro. Foi, sobretudo, parte da imprensa, convertida em vazadouro de ódio e torpezas que destilou todo tipo de ataques, na maioria infundados, à figura do novo presidente eleito. Figuras públicas fazem seu papel sujo, de estafetas e serviçais, e não se importam se o que dizem é verdade ou mentira. Manifestações democráticas nascem espontaneamente no seio da comunidade, das pessoas, e são expressadas de forma ordeira e pacífica. O que assistimos é uma inversão de valores: se expressar hoje é um caminho para a condenação, sem volta. Conseguiram criminalizar o povo e sua liberdade. O ódio impregnado na tez dos novos donos do poder são daqueles que queimam pneus, agridem fisicamente e verbalmente, plantam informações caluniosas, formam grupinhos de descontentes, coisa que jamais terá legitimidade. Não sou um valente advogado do ex-presidente, alijado da cadeira presidencial por forças estranhas e estou entre os sinceros e mais francos, entre os mais leais desinteressados. Sou pela liberdade total da imprensa, pela sua liberdade absoluta, pela sua liberdade sem outros limites que os do direito do comum do Código Penal e da Constituição Federal. Nunca vi uma nação mais digna, mais valorosa, mais útil e promissora, de volta nas mãos de pessoas tão erradas. Nunca tive tanta esperança como tive na volta do espírito de civismo, na melhora do progresso e da ordem, como está inscrito em nosso pavilhão nacional. O que existe agora de pior é justamente a deserção dos nossos representantes, dos artistas e intelectuais, que renegaram a nação em troca de interesses de caráter subalterno, que constituem uma legião de “intelectuais e artistas”, corrompidos na alma, que se aliaram ao governo corrupto e que conduzirão o país, em toda sua extensão, a um vasto charco de lama. Suas “manifestações” artificiais, postagens de eterna campanha eleitoral falida, nada mais são do que esbirros de uma classe sem compromisso algum com o país e com a República. Uma classe mal acostumada com verbas públicas e fáceis, sem qualquer esforço ou trabalho. O Brasil vai mudar, está mudando. Essa grita de medo da extrema esquerda com o ex-presidente, perseguindo-o de todas maneiras possíveis, já são sinais das mudanças. O Brasil nunca mais será o mesmo depois de Bolsonaro. Ele acordou o povo.
*Marcilio Fellipe é paulista, jornalista pela Faccat (2016) e publicitário pela FMU (1981), trabalha atualmente no IBGE
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