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Desacorçoando com o Brasil e com os brasileiros

  • conexaomorrense
  • 30 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

Leônidas Correia das Neves*


Três são os direitos naturais, e universais, do homem:

1 – O direito à vida; 2 – O direito à liberdade; e 3 – O direito à propriedade.


Se revogados ou negligenciados tais direitos naturais, nos tornamos corpos sem almas, ou seja, nos tornamos res publica (coisa pública), sem a menor importância para quem quer que seja, inclusive para nós mesmos.

Por se tratar de direitos naturais universalmente reconhecidos, porquanto outorgados e reconhecidos pela Justiça Divina, a nenhum homem é permitido se acovardar para flexibilizá-los ou relativizá-los, sob pena de terríveis danações, seja na Terra, no Céu ou no Inferno (destino certo e divinamente pré-anunciado para todos os covardes).

Vale dizer:


“Não importa a qualidade do bandido, se institucional ou comum. Utilizando-se dos meios adequados e proporcionais, todo homem está obrigado a repelir e a se defender na injusta agressão à sua vida, à sua liberdade e à sua propriedade”.


Mas a covardia do homem brasileiro é algo que assusta e assombra, que a todos deixa desacorçoados. Até parece que ele prefere morrer esfolado por um criminoso qualquer a ter que mover uma palha sequer em defesa de sua vida, de sua liberdade, de sua propriedade, enfim, de sua própria honra e de sua dignidade.


Por que estou dizendo isto?

Porque dia destes, com espanto, assisti a alguns vídeos gravados e postados nas redes sociais de muitos fazendeiros na região norte do Brasil (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Tocantins). Tais vídeos exibem como aqueles fazendeiros, e os brasileiros assim como nós outros, estão sendo brutalmente expulsos de suas propriedades pelo governo federal, representado pelo presidente Lula.

Com o mesmo espanto, a todo instante, assisto e leio as notícias versando sobre o solapamento ou corrosão de nossas liberdades constitucionais (de ir e vir, de expressão e de crença religiosa) por parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sem que sequer o devido processo legal seja instaurado.

Ato contínuo, no mesmo tom assombroso, assisto à revogação do decreto versando sobre a compra e o porte de armas por parte dos cidadãos de bem.

A mensagem subliminar que tanto o governo Lula quanto os ministros do STF estão enviando a todas as pessoas ordeiras e cumpridoras de seus deveres e obrigações é:


“Renuncie a Deus! Renuncie a seus direitos naturais (vida, liberdade e propriedade) por Ele outorgados! Suicide-se! Ou, sem dó nem piedade, nós, do governo lulopetista, os mataremos a todos”.


Absurdo? Não é!

Seja em congressos universitários, nas assembleias sindicais (inclusive de professores universitários), em encontros e reuniões jurídicas e políticas na América Latina (Foro de São Paulo), eles estão dizendo isto em alto e bom som aos quatro ventos. Só não ouve e não vê quem não quer ouvir e nem ver com seus próprios olhos.

Somos nós, os brazundagas descritos por Lima Barreto (1881 – 1922), quem nos recusamos a enxergar e a acreditar no ódio, na vingança e no revanchismo que essa gente lulopetista sente em relação ao Brasil e aos brasileiros de boa índole. Somos nós quem, ao invés de resistir a tamanhas agressões, ficamos portando Bíblias e suplicando benevolências divinas, postando vídeos, pedindo “likes” e sugerindo compartilhamentos nas redes sociais. Não vai dar certo! Eis que (parafraseando Edmund Burke):


“Para que a vontade dos homens maus o mal prevaleça, basta que os bons homens bons nada façam”.


São posturas como estas que me deixam desacorçoado com o Brasil e com os brasileiros.


*Leônidas Correia das Neves é advogado, Mestre em Economia, fundador do Instituo Fênix de Orientação Política e Cidadania, escritor e autor do livro ‘Criminocracia: o poder do crime no Brasil’ (2014)


Imagem: Divulgação/Instituto Fênix
Leônidas Correia das Neves está encerrando seu novo livro 'Brasil, um país sem julgamento: do big bang ao underdog', com lançamento previsto para este ano de 2023. (Imagem: Divulgação/Instituto Fênix)

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