top of page

‘Abril Vermelho’ volta com força total e propriedades do Incra e da Embrapa são ocupadas

  • conexaomorrense
  • 18 de abr. de 2023
  • 3 min de leitura

Em apenas três meses já aconteceram 16 invasões; em 2019 foram um total de 11 durante o ano

Foto: Reprodução / Wellington Lenon-MST
Militantes do MST em manifestação na sede do Incra no Paraná. (Foto: Reprodução / Wellington Lenon-MST)

Erick Vizoki

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deu início à Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária, invadindo ao menos nove fazendas e sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de pelo menos sete estados no chamado “Abril Vermelho”, quando há invasões de terras e prédios públicos pelo país, e que acontece desde 1997. Essas invasões começaram no sábado (15/4), quando o movimento ocupou a área de oito fazendas em Pernambuco. Oficialmente, o “Abril Vermelho” foi iniciado no dia 03/04 (segunda-feira), quando o movimento invadiu uma fazenda de cana-de-açúcar em Timbaúba, na Zona da Mata de Pernambuco. Em nota, o MST alegou que as fazendas são latifúndios improdutivos.
Na segunda-feira (17), outras sedes do Incra foram invadidas pela manhã nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal.
Uma das fazendas invadidas em Petrolina (PE) pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba). Após a invasão, o órgão federal divulgou comunicado afirmando que a invasão aconteceu em terras agriculturáveis e de preservação da caatinga, onde são realizados experimentos e multiplicação de material genético de sementes e mudas de plantas.
Ainda segundo a Embrapa, a invasão das terras pode comprometer a vida de animais ameaçados de extinção que são preservados na área, além de prejudicar as pesquisas realizadas no local. A área é ocupada por 660 famílias.
As ocupações aconteceram dois dias após o fim da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, iniciada no dia 12 (quarta-feira). O líder e fundador do MST, João Pedro Stédile, estava na comitiva de mais de 70 pessoas que acompanharam o petista na viagem ao país asiático. Questionado, ainda na viagem, sobre novas invasões e ocupações, Stédile declarou ao Portal Metrópoles: “Vai acontecer, não só em abril, mas porque é a forma das mobilizações pressionarem pra que se aplique a lei da reforma agrária que está na Constituição brasileira”.

Invasões e fim do “bolsonarismo” no Incra

As invasões de terras nos primeiros três meses do governo Luiz Inácio Lula da Silva já superam o total de ocupações durante todo o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (2019). Desde 1º de janeiro deste ano, foram 16 invasões - sete do Movimento dos Sem Terra (MST) e nove da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL). Em 2019 foram 11, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Além do “Abril Vermelho”, aconteceu, a partir de 18 de fevereiro, o “Carnaval Vermelho”, uma onda de invasões de propriedades privadas por parte da FNL, quando pelo menos onze propriedades foram invadidas nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. No início de março, o MST invadiu três fazendas de eucalipto da empresa Suzano, que produz papel e celulose, localizadas no extremo sul da Bahia. As propriedades estão sediadas nos municípios de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas.
Foto: Reprodução / Maria Galdino - MST
Encontro do MST em Brasília, no dia 11 (terça-feira), contou com a presença da deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. (Foto: Reprodução / Maria Galdino - MST)
Além das reivindicações tradicionais do movimento (agilidade no programa da reforma agrária), agora o MST exige também o afastamento de bolsonaristas ligados ao agronegócio que ainda atuam em superintendências do Incra nos Estados, além de dez cargos vagos no país, segundo João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, em entrevista coletiva nesta terça-feira (11) em Brasília durante um encontro do grupo que contou também com a presença da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT). O MST pede que o governo substitua os bolsonaristas e preencha todos os cargos-chave do órgão responsável pela reforma agrária no país.
(Com informações do Portal Metrópoles, CNN Brasil, Portal Terra e agência Pública)

Veja as declarações de João Pedro Stédile ao Portal Metrópoles, na China, em matéria da CNN Brasil

留言

評等為 0(最高為 5 顆星)。
暫無評等

新增評等

O Conexão Morrense é um jornal online sediado e produzido no município de Morro do Chapéu-BA com notícias da cidade e da região, estado da Bahia e do Brasil.
Editor e jornalista responsável: Erick Vizoki (MTb nº 41.675-SP)

VIZOKI COMUNICAÇÃO - Logotipo 2.png

Criado e produzido por VIZOKI COMUNICAÇÃO

Contato/WhatsApp: (74) 9 7400-8518

©2023 por Conexão Morrense. Orgulhosamente criado com Wix.com

CONTATOS

Tel/WhatsApp: (74) 9 7400-8518

  • Whatsapp
  • Instagram
  • Facebook

Siga-nos também nas Redes Sociais

bottom of page