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Sindicato alia preocupação ambiental, produtividade e tradição local

  • conexaomorrense
  • 17 de fev. de 2023
  • 3 min de leitura

STTR Morro do Chapéu desenvolve projeto em parceria com Instituto Gambá e Cospe


Foto: Erick Vizoki
Ana Alice: “Um povo que não tem história é um povo inexistente”. (Foto: Erick Vizoki)
Erick Vizoki
Nos dias 11 e 12/02 últimos, aconteceu a primeira oficina de construção do Plano Local da Adaptação às Mudanças Climáticas na comunidade de Ouricuri ll. A ação é fruto de uma parceria entre o STTR Morro do Chapéu (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Morro do Chapéu), Instituto Gambá, Cospe e comunidade quilombola Ouricuri II.
O projeto em Morro do Chapéu surgiu há pouco mais de um ano, por volta de dezembro de 2021 e janeiro de 2022, segundo a presidente do STTR Morro do Chapéu (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Morro do Chapéu), Ana Alice.
“O mundo inteiro vem se preocupando com as variações climáticas que ocorrem desde a formação do nosso planeta. E isso tem um impacto muito grande na vida das pessoas: impacto social, impacto financeiro, entre outros. E um dos pontos mais impactantes é justamente na agricultura familiar, nas comunidades quilombolas, ou seja, o público menos favorecido”, explica a sindicalista.
De acordo com a presidente do STTR, o grande problema atual é que os pequenos agricultores acabam ficando à mercê das alterações climáticas, falta de recursos financeiros e estruturais, e não sabem exatamente como lidar com essas situações. Entre elas, o que os agricultores locais chamam de “plantar de sequeiro”, ou seja, dependem muito das chuvas ou irrigação da terra. Em outras palavras, esses agricultores dependem das estações do ano para ter uma programação correta para realizar o plantio e ter uma boa colheita. “Com essa variação climática, mudam-se também os períodos chuvosos em determinada região. Ou se tem falta de chuva ou excesso de chuva”, pontua Ana Alice. Portanto, ainda de acordo com ela, é uma questão de adaptação e, consequentemente, de sobrevivência.
É onde entra a parceria com o instituto Gambá e a ONG italiana Cospe. O Gambá (Grupo Ambientalista da Bahia) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem por finalidade promover a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. A Cospe é uma organização não governamental italiana de cooperação para o desenvolvimento dos países emergentes, com sede em Florença. Em conjunto, essas três organizações pretende unir sustentabilidade para o pequeno produtor rural, preservação ambiental e qualidade de vida.
A princípio o STTR e as ONGs estão trabalhando junto às comunidades quilombolas como Veredinha, Ouricuri, Ouricuri II, Acafam, Barra 2, entre outras. Essa é a segunda etapa do programa, onde foram feitos diagnósticos e oficinas com essas comunidades.
“O intuito é conhecermos as origens dessas comunidades, as condições desses povos e como seus antepassados viviam e se adaptavam a esses fatores climáticos. Queremos resgatar aquela cultura, aquela tradição de antes, e trazer essa sabedoria popular como uma forma de adaptação (ou mesmo readaptação). Porque a gente sabe que essas tradições se perderam com o tempo e hoje estamos meio carentes dessas informações. É uma forma de resgatar essa sabedoria popular para resolver questões climáticas que estão acontecendo hoje e não deixar a história daquele povo morrer. Porque um povo que não tem história é um povo inexistente”, ensina Ana Alice.
De início, não há prazo definido para a duração do projeto. “É um trabalho de formiguinha, ainda estamos estudando a história desse povo, resgatando esses saberes populares e tentando inserir tudo isso de volta a essas comunidades, e a gente pretende ver o resultado desse trabalho. O que vai determinar o prazo dessa parceria é o andamento desse trabalho e os efeitos surtidos por ele”, finaliza.

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O Conexão Morrense é um jornal online sediado e produzido no município de Morro do Chapéu-BA com notícias da cidade e da região, estado da Bahia e do Brasil.
Editor e jornalista responsável: Erick Vizoki (MTb nº 41.675-SP)

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