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Falta de banheiros na Praça da Música incomoda comerciantes e consumidores
- conexaomorrense
- 17 de fev. de 2023
- 3 min de leitura
Praça de alimentação no centro de Morro do Chapéu peca em infraestrutura

Erick Vizoki
Reclamações de comerciantes e consumidores dos vários estabelecimentos de alimentação instalados na Praça Flaviano Guimarães, mais conhecida como Praça da Música, região central do município de Morro do Chapéu (BA), vem crescendo, há tempos, em relação à falta de banheiros públicos no local. A praça de alimentação fica muito perto do principal ponto turístico da chamada sede da cidade, a Praça Porto Cristal, que já se tornou um cartão postal do município para admiradores e estudiosos da ufologia da região e de todo o país, e mesmo do exterior.
O problema constrange os donos de trailers que comercializam lanches, salgados e bebidas no local, que ficam incomodados quando seus clientes perguntam onde podem usar um banheiro, principalmente em época de festividades e eventos promovidos pela própria prefeitura que, na atual gestão, estão se tornando cada vez mais corriqueiros. Segundo relatos ouvidos pelo CONEXÃO, esses comerciantes ficam insatisfeitos por não poder atender devidamente seus clientes nesse quesito e que a prefeitura deveria implantar pelo menos um banheiro público masculino e outro feminino no local.
“As pessoas reclamam muito, principalmente os idosos, porque eles vêm, lancham, e aí não tem banheiro e fica ruim pra eles. Muitos acabam usando a praça e as árvores como banheiro, principalmente os homens”, comenta Luciana Ramos, proprietária da barraca ‘Pink Lanches’ há cerca de três anos, mas instalada na Praça da Música há cerca de um ano.

Os comerciantes também destacam que o espaço comercial no local é cobrado pela prefeitura, que não faz a contraparte para o bom atendimento aos clientes e à população. Atualmente, cada comerciante paga uma taxa de R$ 50 por mês para poder trabalhar na Praça da Música com seu trailer, quiosque ou barraca, um total de R$ 600 anuais, segundo eles mesmos. Alguns alegaram que antes da atual gestão a cobrança era em torno de R$ 70 anuais, que era a taxa paga pelo alvará de funcionamento do ponto comercial.
“As pessoas perguntam direto, tanto de dia quanto de noite, onde tem um banheiro. Aí a gente tem que informar que é só ali na feira, lá em cima. As pessoas gostam de tomar uma cerveja de noite aqui e querem usar o banheiro toda hora”, diz Áquila da Silva, proprietário do ‘Áquila do Pastel’ há pelo menos seis anos. A feira a que Áquila se refere é o Centro de Abastecimento Aliomar da Rocha Soares, há cerca de 200 metros da Praça da Música, e que possui uma infraestrutura muito melhor para os comerciantes, com banheiros públicos e até palco para apresentações culturais.
“É complicado, porque é uma situação que quando chega gente pra usar um banheiro, gente de fora que passa pela cidade pra comprar um produto, procura um banheiro. A gente aqui mesmo, funcionário, pessoal que trabalha por aqui, não tem um banheiro. Deixa muito a desejar. Tem que segurar a onda até chegar em casa ou ir até algum comércio que tenha banheiro”, conta Maurício Antônio, funcionário do “Rei do Pastel”, ponto tradicional na praça há cerca de oito anos.
Os clientes desses pequenos comércios de alimentação também passam maus bocados quando o assunto é “se aliviar” após um lanche, um refrigerante ou uma cerveja.
Maria Dalva, de Utinga (BA) e que mora em Morro do Chapéu, frequenta a Praça da Música para fazer um lanche de vez em quando, mas já precisou usar um banheiro. “Aí eu vou pra casa, né!”. Dona Maria mora no bairro CaixaD’Água e geralmente sai com seu filho pequeno, quando aproveita para fazer um lanchinho no ‘Rei do Pastel’ com ele. “Faz falta, tem que ter um banheiro", lamenta.
O CONEXÃO tentou contato com o secretário municipal de Obras, Transporte e Serviços Públicos e vice-prefeito Vitor Araújo na última sexta-feira (17), por mensagem de aplicativo, e não obteve uma resposta sobre o assunto até o momento. Assim que houver uma resposta esta matéria será atualizada.
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Parabéns pela matéria, essa situação e antiga, tive um trailer na praça, desisti por causa deste transtorno, nós fui prometido os banheiros durante a campanha de 2020, Sr Aliomar que Deus o tenha, Vitor Araújo, e a Atual administradora do município Dra Juliana,recebemos por três meses banheiros químicos, não se fazia a limpeza adequada o que complicou ainda mais a situação. Um grande desrespeito com os comerciantes e a população que paga os impostos.