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Brasil, país do futuro
- conexaomorrense
- 30 de mai. de 2023
- 3 min de leitura

*Leônidas Correia das Neves
Tanto no poder Legislativo quanto no Executivo e Judiciário, há mais de quarenta anos a ladainha “Brasil – País do Futuro” integra os mais belos e inflamados discursos de nossas “autoridades republicanas”. Entretanto, uma vez investidos em suas funções estatais, seus primeiros atos administrativos são:
1 - Montar monstruosas quadrilhas compostas por “assessores nomeados” e roubar dinheiro do contribuinte através de “rachadinhas salariais”; e
2 - Sair procurando, mundo afora, alguém para administrar o Brasil e partilhar o dinheiro do roubo que será praticado no Banco Central, no BNDES, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e, agora, também no BRICS.
Nada escapa a essa gente futurista. No passado essa ladroagem era mais sofisticada e contava com comparsas nos EUA, na Inglaterra, na França, na Alemanha, na Espanha, na Itália, na Suíça, em Portugal e por aí segue. Agora não! A mesma ladroagem se rebaixou e conta com parceiros criminosos na Rússia, na China, em Cuba, na Nicarágua, em Honduras, na Venezuela, na Argentina, na Colômbia, no Haiti e até na Bolívia (quem diria?). Até no submundo do crime organizado, e desorganizado também, o Brasil está se rebaixando vertiginosamente.
Essa constatação me remete a uma sentença prolatada pelo escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo ao asseverar que:
“No Brasil, o fundo do poço é apenas uma etapa!”
Dito isso, quatro incômodas perguntas são inevitáveis:
I - Para onde estamos caminhando?
II - Quem está no controle do Brasil e suas “instituições democráticas”?
III - Com que tipo de homens e mulheres o Brasil está delineando o futuro para todos nós?
IV- O Brasil, bem como a sociedade brasileira, tem futuro?
Essas perguntas não são novas. Mas nunca, simultaneamente, tantos brasileiros as fizeram em tons tão desanimadores e tão desesperadores como nos dias atuais. E as respostas, quando são encontradas, são ainda piores do que as perguntas, já que se fazem ouvir através de gemidos de dor e de mil ressentimentos odiosos e agressivos.
Por todos os lados onde a vista alcança o que se vê são pichações em estampas demoníacas e deprimentes, gente maltrapilha, drogados a perder de vista, olhares desconfiados, ranger de dentes, palavras e gestos que a todos assustam causando medo e pavor até mesmo no agressor ao exibir sua disformidade estética, ao externar seus próprios sentimentos e instintos animalescos em tudo o que ele pensa, fala ou produz.

Como não poderia deixar de ser, todas essas abjeções se reportam diretamente à insensatez de nossas lideranças no Legislativo, no Executivo e no Judiciário. Também estão presentes nas igrejas e na irresponsabilidade dos formadores de opinião nos veículos de comunicação em massa.
É essa insensatez quem está produzindo malefícios em todas as direções onde a vista alcança e precisa ter um fim! É preciso que o homem brasileiro e a mulher brasileira se despertem para o que é esteticamente belo e faça aflorar a beleza que existe em cada ser humano, sem que isto denote fraqueza, pedantismo, provoque repugnâncias ou demérito para com o portador de mensagens otimistas e altivas tanto em relação a si mesmo quanto em relação ao povo brasileiro, o que não se constitui em tarefa fácil já que, há séculos, estamos sendo doutrinados, formatados, acostumados e conformados com tantas tragédias que se propagam a torto e a direito no Brasil.
Por derradeiro, subscrevo as palavras do General Antônio Hamilton Mourão (2020), ex-vice Presidente da República Federativa do Brasil (2018 -2022):
“Nenhum povo, em lugar algum do planeta Terra, é capaz de fazer tanto mal a si mesmo como o povo brasileiro. Nenhum povo é tão tóxico para si mesmo, quanto o é o povo brasileiro”.
É preciso mudar nossa atitude! Em todo o Universo, o Brasil é o único lugar destinado aos Brasileiros (destaco o “B”). Ou cuidamos do nosso País, ou seremos também expulsos até mesmo do Universo.
*Leônidas Correia das Neves é advogado, Mestre em Economia, fundador do Instituo Fênix de Orientação Política e Cidadania, escritor e autor do livro ‘Criminocracia: o poder do crime no Brasil’ (2014)
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