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Na Bahia, Lula pede que empresários façam “hora extra” para entregar nova ferrovia

  • conexaomorrense
  • 4 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

No entanto, o petista não entregou até hoje a Transnordestina, iniciada em 2006

Foto: Divulgação/ Ricardo Stuckert – Secom
Em Ilhéus (BA), Lula anuncia, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o início das obras da FIOL. (Foto: Divulgação/ Ricardo Stuckert – Secom)

Erick Vizoki

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na última segunda-feira (3), da cerimônia que deu início às obras do lote 1F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em Ilhéus (BA). O trecho inicial da ferrovia conectará Caetité, localizada no sudoeste da Bahia, a Ilhéus, cidade situada na região sul do estado. A construção da FIOL faz parte do Plano Anual de Contratações (PAC). O trecho inicial da ferrovia abrangerá 537 quilômetros e atravessará 19 municípios, com previsão de geração de 1.200 empregos. O governo estima uma redução de 86% na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera quando a obra estiver em pleno funcionamento.
No total, a FIOL terá 1.527 km de extensão, aproximadamente. Vai ligar o futuro Porto de Ilhéus (no litoral da Bahia) ao município de Figueirópolis (no Tocantins), ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Governo Federal trabalham para a concessão dos outros dois trechos: a FIOL II, entre Caetité e Barreiras (BA), com obras em andamento, e a FIOL III, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), que aguarda licença de instalação.
Durante a cerimônia, o presidente solicitou que a empresa responsável pela obra, a BAMIN, acelere o processo de conclusão desta etapa da FIOL. Embora a empresa tenha estabelecido o prazo de conclusão para 2027, o presidente expressou o desejo de que a obra seja entregue com maior agilidade.
"Eu quero fazer um pedido aos empresários: vocês têm que entregar a ferrovia antes do dia 31 de dezembro de 2026. Façam um pouco de hora extra, trabalhem no final de semana, se for necessário, para que a gente possa inaugurar logo. Senão, a gente corre o risco de uma outra 'coisa ruim' voltar nesse país, e ela [FIOL] ficar parada outra vez, então vamos tratar de inaugurar logo essa obra", disse Lula em seu discurso.

Histórico de obras inacabadas

Lula ainda enfatizou a importância de estabelecer a construção de mais ferrovias. “Temos que cumprir o que colocamos no papel. É de interesse nacional fazermos mais ferrovias no país. Não é interesse de um ou outro empresário, mas de interesse da soberania nacional a gente fazer essa ferrovia e outras no país, para que a gente possa fazer este país se tornar competitivo”, afirmou.

Transnordestina - Apesar de o presidente cobrar agilidade da BAMIN na FIOL, as obras de outra ferrovia, a Transnordestina, seguem inacabadas. Lula iniciou as obras em 2006, em seu segundo mandato como presidente, e sequer a citou no anúncio dessa nova estrada de ferro. A obra está parada desde 2016 e já consumiu cerca de R$ 6,4 bilhões. A previsão inicial era de que seriam gastos R$ 4,5 bilhões para a construção de toda a ferrovia.
A Transnordestina consistiria num ramal ferroviário de 1.753 quilômetros que começa na cidade de Eliseu Martins, no Piauí, segue até Salgueiro (PE) e depois se divide em dois ramais, um seguindo para o Porto de Pecém, no Ceará, e outro, para o Porto de Suape, em Pernambuco. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), já abriu uma frente pela retomada do trecho da ferrovia Transnordestina, que vai de Salgueiro até Suape. O ministro dos Transportes, Renan Filho, prometeu retomar a obra.

Transposição do São Francisco – Outra grande obra iniciada por Lula, a transposição do Rio São Francisco, foi anunciada em 2007, também em seu segundo mandato. Orçada inicialmente em R$ 4 bilhões, sua inauguração estava prevista para 2012, no governo de Dilma Rousseff (PT), e postergada pela própria Dilma para ser inaugurada em 2016. Sem terminar o mandato e a obra, a transposição do Velho Chico consumiu 200% a mais do que o previsto, ou seja, foram gastos cerca de R$ 12 bilhões sem cumprir o prometido em 2007.
A obra só foi concluída no ano passado, no governo de Jair Bolsonaro (PL). A gestão anterior retomou os trabalhos já no primeiro ano de mandato, em 2019, e investiu R$ 3,49 bilhões para que as águas finalmente chegassem, efetivamente, ao Ceará e ao Rio Grande do Norte, e também pelo Eixo Norte, à Paraíba - o estado já é atendido, desde 2017, pelo Eixo Leste.
(Com informações do portal Terra, Folha de Pernambuco e R7)

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O Conexão Morrense é um jornal online sediado e produzido no município de Morro do Chapéu-BA com notícias da cidade e da região, estado da Bahia e do Brasil.
Editor e jornalista responsável: Erick Vizoki (MTb nº 41.675-SP)

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