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"Acarajé da Barbie" gera dor de cotovelo e discurso raivoso da Abam na Bahia

  • conexaomorrense
  • 29 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de ago. de 2023

Vendedora de acarajé é criticada e desprezada pela entidade por querer inovar

Drica e funcionárias em frente a uma de suas lojas lojas
Drica, empreendedora responsável pelo acarajé rosa, com suas funcionárias, à frente de uma das suas lojas. (Foto: Divulgação)

Erick Vizoki

Uma vendedora de acarajé da Bahia quis aproveitar a onda do lançamento do filme ‘Barbie’ para “apimentar” sua renda. Ela criou o “acarajé cor-de-rosa”, em referência à lendária boneca criada pela empresa norte-americana Mattel em 1959 e ao filme inspirado no brinquedo, lançado recentemente e que já é um fenômeno de bilheteria, de crítica e de público.
Adriana Ferreira dos Santos, a Drica, de 46 anos, quis inovar tingindo o “bolinho de Iansã” em homenagem a Barbie e a ideia rendeu uma acirrada discussão sobre a "descaracterização" da cultura afro-baiana.
A primeira foto do experimento teve mais de cinco mil curtidas e alcançou mais 61 mil perfis. O vídeo do “acarajé Barbiecore” sendo frito ultrapassou 90 mil visualizações até a tarde do dia 19/07, segundo a CNN Brasil. Ainda de acordo com o portal de notícias, em três dias a conta do Acarajé da Drica no Instagram (clique aqui), que tem dois pontos de vendas em Salvador, ganhou mais de nove mil novos seguidores, segundo a comerciante.
Para chegar ao rosa, a empreendedora usou anilina comestível, comum no preparo de bolos, doces e não altera o sabor dos alimentos. Além do quitute, Drica também criou o bolinho de tapioca rosa, último produto da campanha que deve acabar no próximo dia 30.

“Só pelo dinheiro”

O lançamento, porém, foi alvo de críticas. A Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam) se manifestou contra a alteração do quitute tradicional na Bahia.
Por meio das redes sociais, Rita Santos, coordenadora nacional da entidade, demonstrou seu desprezo pelo trabalho da vendedora, que ela se recusa a chamar de baiana. “Vamos respeitar o que é nosso, vamos respeitar um patrimônio que é nacional?”, afirmou a diretora da Abam nos stories do perfil da associação no Instagram.
“É uma brincadeira de mau gosto que não deveria ter sido feita”, afirmou. Rita chegou a afirmar, em entrevistas, que “existe a baiana que preserva e valoriza nossos antepassados e as que vendem só pelo dinheiro. Ela é esse caso. Não valoriza nosso legado”, afirmou a presidente da Abam.
“Ela não pode ser chamada de baiana, ela é uma vendedora. Baianas de acarajé de direito são aquelas que preservam nossa cultura, que valorizam nossos antepassados. Nem podemos chamar de acarajé, é um bolinho de feijão. Ela não valoriza nosso legado, nosso patrimônio. Essa é minha opinião e da associação”, afirmou Rita no vídeo.

O "Acarajé da Barbie" da Drica.
O bolinho de feijão tradicional do acarajé ganhou anilina comestível na receita para chegar à cor rosa. (Foto: Divulgação)
Ironicamente, a ABAM (fundada em 1992), em sua página no Facebook, cuja apresentação é bilíngue (em inglês e português), chama a atenção do mundo para a “economia circular” e não diz em momento algum que acarajés devem ser distribuídos de graça, seja o tradicional ou o “ofensivo”.
Drica, que trabalha há 16 anos no mercado, afirma que já está acostumada com as críticas.
“Passei por algo parecido quando lancei a ‘barca de acarajé’. O novo sempre é muito ameaçador aos concorrentes, despertando, assim, comentários e atitudes negativas de algumas exceções”, afirma.
(Com informações do Correio 24hs, CNN Brasil, Estado de Minas)

ENQUETE: Você acha que a Drica errou em querer inovar e fazer o "Acarajé da Barbie"?

  • 0%ERROU: Ela não deveria mudar a receita original do acarajé.

  • 0%NÃO ERROU: Ela é uma empreendedora e só aproveitou uma moda.

  • 0%É UMA OPÇÃO PESSOAL DELA: Compra quem quer.


Veja abaixo reportagem do Jornal da Band acerca da polêmica do “acarajé rosa” criada pela baiana Adriana dos Santos para homenagear filme da Barbie
Veja o vídeo de Rita Santos, presidente da Abam, publicado no perfil oficial da entidade no Instagram, onde critica a iniciativa criativa da vendedora de acarajé Adriana dos Santos, clicando no link abaixo

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O Conexão Morrense é um jornal online sediado e produzido no município de Morro do Chapéu-BA com notícias da cidade e da região, estado da Bahia e do Brasil.
Editor e jornalista responsável: Erick Vizoki (MTb nº 41.675-SP)

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